Bolsonaro autoriza emprego das Forças Armadas na Amazônia
A validade é de um mês, entre este sábado (24) e 24 de setembro
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou na tarde dessa sexta feira (24 de agosto) um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que autoriza o emprego das Forças Armadas na Amazônia, que enfrenta uma série de queimadas.
De acordo com o documento, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, militares poderão atuar em “áreas de fronteira, terras indígenas, unidades de conservação ambiental e em outras áreas da Amazônia Legal”.
A validade é de um mês, entre este sábado (24) e 24 de setembro.
O pedido foi protocolado pelo governador de Roraima, Antonio Denarium, mas deve ser endossado por outros governantes da região.
De acordo com Denarium, que esteve no Palácio do Planalto nesta sexta, Bolsonaro convocou uma reunião com os nove governadores da Amazônia Legal para a próxima terça (27).
A assinatura aconteceu durante reunião, na tarde desta sexta, com representantes de cinco ministérios: Defesa, Relações Exteriores, Meio Ambiente, Secretaria-Geral da Presidência e Casa Civil.
Em pronunciamento à nação na noite desta sexta, Bolsonaro deve anunciar ainda outras medidas para combater os incêndios na Amazônia.
O governo avalia envio de efetivo da Força Nacional, vinculada ao Ministério da Justiça.
Como a Folha de S.Paulo publicou, o governo Bolsonaro mantém conversas com os EUA e Israel para tentar demonstrar que não age de forma isolada. Ainda não há uma definição sobre que tipo de ajuda esses países aliados poderiam oferecer ao Brasil.
A eventual ação conjunta é uma forma de responder aos países europeus que têm criticado a política ambiental do governo brasileiro.
Pode haver ainda a liberação de recursos para auxiliar no trabalho. O tema está em negociação com o Ministério da Economia, num momento em que o governo enfrenta dificuldades econômicas.
De acordo com auxiliares presidenciais, os integrantes das Forças Armadas devem dar apoio logístico a uma atuação que será feita conjuntamente entre o governo federal e os governos dos estados envolvidos.
O governo estuda dar uma resposta por meio de uma operação que deve ser conduzida neste sábado, em Porto Velho (RO), após a publicação da GLO.
Na quinta, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, telefonou para governadores de seis estados para discutir ações integradas: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.
O governo ter transmitir a imagem de que o combate às queimadas estão acima das divergências ideológicas do Planalto com outras lideranças.
Durante o pronunciamento, Bolsonaro deve apresentar números e afirmar que a crise é um tema nacional. Ele deve ainda dizer aos cidadãos brasileiros que a situação não está fora de controle.
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