Presos de Piraquara produzem carrinhos de mão para auxiliar reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu

Os equipamentos serão entregues nesta segunda (17) para auxiliar nos trabalhos de remoção de entulhos provocados pelo tornado que atingiu o município

14/11/2025 13H10

A oficina de serralheria do Setor de Produção e Desenvolvimento da Polícia Penal do Paraná (PPPR), no Complexo Penal de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, finalizou a fabricação de cinco carrinhos de mão reforçados, confeccionados com mão de obra prisional. Os equipamentos serão entregues nesta segunda-feira (17 de novembro de 2025) para auxiliar nos trabalhos de remoção de entulhos provocados pelo tornado que atingiu o município de Rio Bonito do Iguaçu.

Atualmente, seis detentos atuam no setor, todos capacitados por meio de cursos específicos e acompanhados por um policial penal com experiência técnica na área. O profissional é responsável pela orientação direta e supervisão de cada etapa da produção.

“A iniciativa demonstra a relevância das atividades laborais dentro do sistema prisional, que oferecem benefícios significativos aos participantes, como remuneração, capacitação profissional e remição de pena — a cada três dias trabalhados, um dia é reduzido da pena total”, afirma o chefe da Divisão de Produção e Desenvolvimento, Boanerges Silvestre Boeno Filho.

Para integrar a equipe, os custodiados passam por um processo rigoroso de seleção conduzido pela Comissão Técnica de Classificação, que avalia critérios comportamentais, disciplinares e de aptidão para definir quem está apto a desempenhar as funções no setor produtivo.

A iniciativa reforça o compromisso da Polícia Penal com ações de ressocialização e qualificação profissional, ao mesmo tempo em que contribui de forma direta para o atendimento emergencial de comunidades afetadas por desastres naturais.

Em conformidade com a Lei de Execução Penal, cada participante possui uma Poupança Prisional no Banco do Brasil. Mensalmente, os trabalhadores recebem o equivalente a 75% do salário mínimo, valor que pode ser parcialmente movimentado mediante autorização do próprio preso: até 80% pode ser retirado por um responsável, enquanto os 20% restantes são reservados para o período após a liberdade.

O Estado também colocou 59 presos para trabalhar na reconstrução da escolas na cidade. E o envio de mais mão de obra carcerária deve continuar. A expectativa é que, após os trâmites legais, cerca de 70 a 80 apenados estejam trabalhando em Rio Bonito do Iguaçu. Todos são acompanhados por policiais penais e possuem histórico de bom comportamento, entre outros requisitos.

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