Uma das coisas que eu descobri que gosto muito nos últimos tempos, é ouvir podcasts. Algumas pessoas falam que não conseguem e não têm paciência, mas eu gosto. Gosto da experiência de estar ali ouvindo outra pessoa falar algo que faz sentido pra mim. É aquele “ eu também” que nos abraça. 

Numa dessas experiências, me deparei com uma fala onde a autora trazia sobre a sensação de quando ela percebeu que não conquistaria o mundo, como sua mãe dizia. A mãe dela, na melhor das intenções dizia que ela conquistaria o mundo, e desde então ela vivia num ritmo frenético em busca do que ela acharia que era o mundo. 

Me chamou atenção, sempre me chama atenção a maneira como nossas crenças ficam instaladas em nós, o que nos falam e tomamos como verdade.

Decidi escrever sobre idealização. É claro que quando se vira pai e mãe, se idealiza muita coisa. A vontade de entregar um mundo melhor pra esse ser e estimular para que seja alguém que conquiste muitas coisas ao longo da vida. 

Mas precisamos trabalhar com o ideal e o real, pois o ideal seria que as crianças quando crescessem conquistassem o mundo e realizassem todos seus sonhos, mas o real é que isso tudo demanda de muitas coisas que estão longe do controle dos pais. 

Isso significa que precisamos ser realistas nas nossas idealizações. 

Devemos ter pés no chão, trabalhar com a realidade e mostrar isso para as crianças desde cedo, me assusta um pouco criarmos um mundo ideal para as crianças, e elas se depararem com o real ao longo da vida, aqui que vem as frustrações e decepções.

O convite de hoje é para que tenhamos cuidado com o que falamos para aqueles que pouco tem senso crítico para compreender.

Pequenas frases causam grandes aprendizados na subjetividade de cada um, e tendo a consciência disso, precisamos ser realistas e honestos,dentro dos limites de entendimento.

Precisamos nos preocupar menos em buscar ou prometer uma perfeição, que não existe e focar mais em oferecer uma vida saudável emocional e física, com segurança e proteção. 

Nossa vida é feita de agora, não coloque na cabeça dos pequenos projeções ou idealizações inalcançáveis pois pode causar um efeito desgastante. 

Que possamos ensinar, acima de tudo a vivermos uma vida leve.

Emanuele Marcondes

Me chamo Emanuele Marcondes e tenho 26 anos, sou apaixonada pela vida e pela oportunidade de sermos alguém melhor. Sempre fui uma grande leitora, gostava de ler revistas, livros e etc. O amor pela leitura me tornou uma pessoa sensível com as palavra