Tecnologia, Inovação e agronegócio caminham lado a lado

Pesquisa da Embrapa mostra que investimentos em tecnologia são os maiores responsáveis pelo crescimento do valor bruto da produção agrícola nos últimos 20 anos

16/07/2024 09H15

Uma pesquisa feita pela Empresa Brasileira de Pesquisa em Agropecuária (Embrapa) aponta que os investimentos em tecnologia são os principais responsáveis por 59% do crescimento do valor bruto da produção agrícola no país nos últimos 20 anos. Esses dados indicam que, há algum tempo, tecnologia, inovação e o agronegócio vêm andando lado a lado.

O termo "agtech" se refere às empresas que procuram revolucionar a produção no campo por meio de tecnologia e inovação.  O Brasil é considerado o maior mercado de "agtech" da América Latina de acordo com o relatório Agtech Report 2023.
"Investir em tecnologia aplicada ao agronegócio é essencial não apenas para o aumento do lucro e da produção. Também é importante para garantir a segurança e a qualidade dos alimentos", afirma o cientista, sócio-fundador e Diretor de P&D da Fertsan, Alexandre Craveiro.

Empresa de insumos agrícolas inovadores, a Fertsan é uma "agtech" que tem como filosofia a ideia de que o agricultor consegue produzir mais utilizando menos defensivos. A empresa desenvolve produtos e soluções que fortalecem naturalmente a planta, reduzindo a necessidade desses defensivos químicos. Craveiro compara os produtos a uma "vacina" e explica que são produzidos a partir da aplicação de nanotecnologia em polissacarídeos de origem marinha.

"Nós seguimos duas vertentes muito importantes: a proteção ao meio ambiente e a segurança alimentar. Nossos produtos são feitos à base de uma matéria-prima natural, e o propósito principal é reduzir a quantidade de agrotóxicos utilizados nas plantações atuando também na agricultura regenerativa", complementa Craveiro.

A empresa se dedica, agora, aos testes de uma película orgânica comestível, que tem o propósito de retardar a maturação dos vegetais, prolongando o shelf-life desses produtos. Craveiro explica que o projeto começou desde que o mercado europeu emitiu um comunicado avisando que não mais aceitaria mercadorias com o tradicional revestimento de plástico. A novidade já foi testada em frutos como o mamão e melão e os resultados foram  promissores. "Na Fertsan, a tecnologia também é utilizada para solucionar desafios enfrentados pelas exportadoras do Agro".

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